Foto: O Seminário de Aveiro e o Sagrado Coração de Jesus</p><br /><br /><br /><br />
<p>Desde os inícios da Igreja que o Coração de Jesus foi motivo de reflexão e aos poucos foi ganhando particular devoção. Alguns dos primeiros pensadores cristãos (Padres da Igreja), falavam do Coração de Jesus como símbolo do Seu amor e, já na idade média, se começou a reflectir sobre o Coração de Jesus enquanto modelo do nosso amor, associando-se também a importância da “reparação” do Seu coração com o nosso amor (importante contributo da reflexão de mulheres e santas medievais como Lutgarda, Matilde, Gertrudes, Catarina de Sena, Angela de Folinho, e também São Boaventura como teorizador da “doutrina reparatória”).<br /><br /><br /><br /><br />
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus ganhou força e forma com Santa Margarida Alacoque (séc. XVII), começando com ela um verdadeiro apostolado. Mais tarde, o século XIX foi o tempo do verdadeiro enraizamento do Sagrado Coração de Jesus, com a intervenção da Beata Maria do Divino Coração e dos Papas Pio IX (estendeu a festa litúrgica a toda a Igreja) e Leão XIII (consagração do mundo ao Sagrado Coração de Jesus). Forte trabalho apostólico foi desenvolvido por alguns padres da Companhia de Jesus, propondo não só esta devoção como também organizando um Apostolado da Oração, assim como também com o Pe Dehon e as suas propostas de vida espiritual partindo do Sagrado Coração de Jesus e, como manifestação mais visível, com a fundação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (presentes na nossa diocese, em Esgueira). </p><br /><br /><br /><br />
<p>Na espiritualidade, o coração tornou-se mais que uma mera dimensão física, indo a devoção e a afirmação do Sagrado Coração de Jesus para além de uma contemplação ‘piedosa’ de um Cristo sofredor ou mesmo para além da necessidade de reparar as ofensas ao Coração de Jesus, mas ele é o centro de toda a vida interior da pessoa, dos sentimentos e dos afectos, ‘lugar’ da consciência espiritual, afirmando-se nesta devoção e na solenidade que a Igreja propõe o primado da graça divina e do amor de Deus. O Padre Karl Rahner afirmava que o coração é “símbolo real” de todo o amor de Cristo pelo Homem. </p><br /><br /><br /><br />
<p>O Seminário de Sta Joana Princesa está dedicado ao Sagrado Coração de Jesus (assim como o Seminário Dehoniano, em Esgueira). A Casa Sacerdotal de Sta Joana Princesa foi inaugurada também no dia do Sagrado Coração de Jesus. Esta realidade, associada à formação presbiteral e à vida dos presbíteros, é a afirmação que só faz sentido a formação em seminário quando ela coloca no centro a configuração com Cristo, na sua forma de amar, de viver e de sentir, assim como a vida presbiteral só faz sentido quando ela procura reavivar os mesmos sentimentos de Cristo para a vivência de uma verdadeira caridade pastoral. Contemplar o Coração de Jesus é um desafio a querer amar como Ele, de forma livre, total e desinteressada. </p><br /><br /><br /><br />
<p>A toda a Igreja é concedida a possibilidade de, neste dia, se pedir uma vez mais pela santificação dos sacerdotes. Todos estamos no coração de Cristo e, os padres, não estão mais pela sua consagração, mas vivem a particular missão de O servir, de tornar a sua missão presente e de ser imagem do seu amor também pela radicalidade da sua vida. Diz o Directório para o ministério e vida dos presbíteros que este se santifica pelo exercício do seu ministério e na fidelidade à caridade pastoral de Jesus Cristo. O desafio da santificação de cada presbítero é ser cada ver mais imagem e rosto de Cristo Sacerdote mas também Pastor, na dedicação ao ministério acolhido da profecia e evangelização, da oração e santificação, do pastoreio e animação das comunidades e de todo o Povo de Deus, em particular na opção preferencial pelos mais necessitados. Este é o caminho de santificação que Deus, em Igreja, propõe a cada presbítero no pulsar do Coração de Jesus.

Desde os inícios da Igreja que o Coração de Jesus foi motivo de reflexão e aos poucos foi ganhando particular devoção. Alguns dos primeiros pensadores cristãos (Padres da Igreja), falavam do Coração de Jesus como símbolo do Seu amor e, já na idade média, se começou a reflectir sobre o Coração de Jesus enquanto modelo do nosso amor, associando-se também a importância da “reparação” do Seu coração com o nosso amor (importante contributo da reflexão de mulheres e santas medievais como Lutgarda, Matilde, Gertrudes, Catarina de Sena, Angela de Folinho, e também São Boaventura como teorizador da “doutrina reparatória”).
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus ganhou força e forma com Santa Margarida Alacoque (séc. XVII), começando com ela um verdadeiro apostolado. Mais tarde, o século XIX foi o tempo do verdadeiro enraizamento do Sagrado Coração de Jesus, com a intervenção da Beata Maria do Divino Coração e dos Papas Pio IX (estendeu a festa litúrgica a toda a Igreja) e Leão XIII (consagração do mundo ao Sagrado Coração de Jesus). Forte trabalho apostólico foi desenvolvido por alguns padres da Companhia de Jesus, propondo não só esta devoção como também organizando um Apostolado da Oração, assim como também com o Pe Dehon e as suas propostas de vida espiritual partindo do Sagrado Coração de Jesus e, como manifestação mais visível, com a fundação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (presentes na nossa diocese, em Esgueira).

Na espiritualidade, o coração tornou-se mais que uma mera dimensão física, indo a devoção e a afirmação do Sagrado Coração de Jesus para além de uma contemplação ‘piedosa’ de um Cristo sofredor ou mesmo para além da necessidade de reparar as ofensas ao Coração de Jesus, mas ele é o centro de toda a vida interior da pessoa, dos sentimentos e dos afectos, ‘lugar’ da consciência espiritual, afirmando-se nesta devoção e na solenidade que a Igreja propõe o primado da graça divina e do amor de Deus. O Padre Karl Rahner afirmava que o coração é “símbolo real” de todo o amor de Cristo pelo Homem.

O Seminário de Sta Joana Princesa está dedicado ao Sagrado Coração de Jesus (assim como o Seminário Dehoniano, em Esgueira). A Casa Sacerdotal de Sta Joana Princesa foi inaugurada também no dia do Sagrado Coração de Jesus. Esta realidade, associada à formação presbiteral e à vida dos presbíteros, é a afirmação que só faz sentido a formação em seminário quando ela coloca no centro a configuração com Cristo, na sua forma de amar, de viver e de sentir, assim como a vida presbiteral só faz sentido quando ela procura reavivar os mesmos sentimentos de Cristo para a vivência de uma verdadeira caridade pastoral. Contemplar o Coração de Jesus é um desafio a querer amar como Ele, de forma livre, total e desinteressada.

A toda a Igreja é concedida a possibilidade de, neste dia, se pedir uma vez mais pela santificação dos sacerdotes. Todos estamos no coração de Cristo e, os padres, não estão mais pela sua consagração, mas vivem a particular missão de O servir, de tornar a sua missão presente e de ser imagem do seu amor também pela radicalidade da sua vida. Diz o Directório para o ministério e vida dos presbíteros que este se santifica pelo exercício do seu ministério e na fidelidade à caridade pastoral de Jesus Cristo. O desafio da santificação de cada presbítero é ser cada ver mais imagem e rosto de Cristo Sacerdote mas também Pastor, na dedicação ao ministério acolhido da profecia e evangelização, da oração e santificação, do pastoreio e animação das comunidades e de todo o Povo de Deus, em particular na opção preferencial pelos mais necessitados. Este é o caminho de santificação que Deus, em Igreja, propõe a cada presbítero no pulsar do Coração de Jesus.

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